No reinado de D. João II é criado o título nobiliárquico “Senhor de Requeixo”

Em 1494 D. João II doa as terras do almoxarifado de Eixo a D. Diogo Lopes de Sousa, vigésimo Senhor da Casa de Sousa.

O Almoxarifado era constituído pelas vilas e concelhos de Eixo, Requeixo, Óis, Paus e Vilarinho do Bairro e tinha a sua sede em Eixo, onde se situavam os celeiros centrais.

D. Diogo Lopes de Sousa, o Moço – 1º Senhor de Requeixo

D. Diogo Lopes de Sousa, primeiro Senhor de Requeixo, pertenceu ao Conselho dos reis D. Afonso V, D. João II e D. Manuel. Foi também Alcaide-mor de Arronches. Era pois um nobre muito importante.

A D. Diogo Lopes de Sousa sucedeu o seu filho, D. Álvaro, que herdou o almoxarifado, sem contudo herdar o título.

D. Álvaro de Sousa pertenceu também ao Conselho de D. João III, foi vedor da Casa da Rainha D. Catarina e comendador de Santo Isidoro de Eixo, na Ordem de Cristo.

D. Álvaro de Sousa foi pai, entre outros, de:

D. Diogo Lopes de Sousa, segundo Senhor de Requeixo, o herdeiro do almoxarifado e do título;

D. André de Sousa, pároco de Requeixo, Óis e Vilarinho

Dona Catarina de Ataíde.

Esta D. Catarina é a célebre Natércia, musa inspiradora de Camões.

D. Diogo – o segundo senhor de Requeixo – morreu sem filhos. Sucedeu-lhe no senhorio mas não no título seu irmão Vicente de Sousa.

Entretanto os senhores destas terras antes do confisco das mesmas por D. João II – os condes de Faro e de Odemira, agora condes de Odemira - impugnaram a posse das mesmas por parte dos últimos Sousas. O Cardeal-Rei acaba por dar razão aos condes de Odemira.

Assim acaba a Casa dos Senhores de Requeixo.

Nota 1 – Os “Senhores de Requeixo”, sendo senhores do almoxarifado de Eixo, aparecem por vezes designados por “senhores de Eixo, Requeixo, Óis e Vilarinho”.